quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

São só palavras...

“I heard she sang a good song... I heard she had style… And soo I came to see her…”

 Deixar os dedos correrem pelo teclado as vezes é tão difícil, preocupante...

 Tem sempre uma tensão pra saber se gostarão, se chegarão no final de mais um devaneio...

 Me pergunto as vezes, por que faço uma coisa assim tão inútil...

 Escrever pra alguns poucos ou quase nenhum ler, ou pra mim mesmo... Me ajuda a pensar admito... foi o que meu eu que escreve achou na fuga do mundo de desencontros que ele já está tão acostumado...

 ‘É o escape, o desabafo desse meu eu poeta que novamente sente, dessa vez bem diferente, o final de algo que não chegou a começar’

 Regido talvez, pelo embalo embriagado da parte de mim que na fuga, achou pecado...

 Talvez ? Não, não dessa vez... É tudo tão diferente dessa vez...

 Dessa vez...

 Você acha que esta indo bem, você acha que vai conseguir... e realmente consegue... de repente, não pensar não é algo tão difícil como era antes... não querer parece não ser impossível como era antes... e ai... Ai algum retardado toca uma música, e não é qualquer música, não uma das que coadjuvaram aquela história, aquele conto, não qualquer uma, mas a música... Aquela que gerou os apelidos, aquela cantada ao pé do ouvido durante um passeio em marcha lenta...

 E você só escuta um trecho, o começo... você grita pro retardado abaixar, usar fones... algo que faça parar e te jogue novamente na ilusão de que passou... inútil...

 A música para... e ainda assim continua, só continua pra você e só pra você ela faz sentido... só você escuta e só pra você ela adquire um poder estranho de trazer felicidade, saudade, tristeza, paixão, desejo... Só pra você.

 E ai...

 Ai você vê algum texto, palavras, e não qualquer palavras... Suas palavras, perdidas nas páginas e na vida de alguém... e tudo volta ao começo novamente... e as palavras também adquirem aquele poder estranho de traduzir ódio e amor, ao mesmo tempo, palavras que te fazem querer correr... pra perto e pra longe, ao mesmo tempo... que te fazem querer sair e entrar ao mesmo tempo...

Mas no final... são só palavras.

 É só uma música...

 O sentimento, a confusão, essa dualidade... essa quem fez fomos nós... e fizemos juntos... e somos culpados, culpados por não deixar passar.

domingo, 4 de novembro de 2012

Histórias: 'Ela...' Parte 1


Seja forte...

Você esta fazendo tudo que pode...

Porque eu deixei isso acontecer?

Porque eu não empurrei?

Droga, eu não podia... Por quê ele mexe tanto comigo?
É desejo, só pode ser... É só desejo.

Não é... Meu Deus, eu sei que não é...

Nãooooooooo... Só estou carente e nada mais... Ele não tem nada haver com isso, Nada. Eu que to procurando atenção e ele sempre esta lá pra mim, só por isso... É isso.

Não é só isso...

Eu devia ter me afastado...

Devia ter empurrado... Mas não o fiz. Não consegui... Os tracinhos nos olhos dele me hipnotizaram... Os olhos dele... porque não pude parar de olhá-los? Porque a respiração dele era tão linda de se ouvir e sentir?

POR QUÊ? POR QUÊ?

Eu não podia ter deixado... Mas deixei... Deixei ele me olhar, deixei ele chegar muito perto... Tão perto.

Eu não podia... Eu não devia... Não podia... Não devia... Mas deixei.

“Me apaixonei...”

Deixei ele me beijar... E com o beijo, tocar... Com o toque veio desejo e eu me deixei entregar...

Eu me deixei entregar... Eu me deixei amar...

Amar, amor... Fizemos amor...

Meu Deus, Fizemos amor...  E foi tão lindo... Tão lindo.

Porque tinha que ser tão lindo... Porque eu não me arrependo? Eu devia, mas não... Não consigo... Foi tão lindo.

Meu Deus... Ele não pode saber... Ele não pode saber... Não pode saber que me deixa assim... Ele não pode saber...

“Ele nunca pode saber...”

Histórias: 'Ele...' Parte 1

Se acalme...

Respire fundo...

É sempre assim, desde que estive com ela pela primeira vez...

Desde aquela noite mágica no carro quando tudo não passava de sexo...

Desde aquele toque suado das suas mãos no meu rosto...

Desde aquela troca de olhares tão intensa quando paramos de tranzar e passamos a fazer amor...

"Desde que me apaixonei..."

Desde que, durante aquela conversa baixa, deixei meus lábios perigosamente perto dos dela, conseguia sentir sua respiração tão perto da minha, conseguia ver seus olhos tão perto dos meus... Porque ela não me afastou? Empurrou? Me esbofeteou? Xingou?... Ou disse que tinha namorado? Qualquer coisa teria servido pra me por pra correr, mas não, ela nada fez, me deixou lá, me deixou senti-la perto, tão perto... Me deixou ver, me deixou querer. Me deixou louco...

Queria tanto beijá-la, não podia... Não devia. Não o fiz. Resisti.

Mas não fui forte o suficiente, não por muito tempo...

O beijo veio, e com ele, o toque, o desejo e ai amor. Fizemos amor...

E nunca havia sido daquela forma...

Era como se tivéssemos passado a vida ensaiando aquela dança...

Aquele beijo...

Aquele toque...

Aquele olhar...

Era como... Como... Não sei dizer.

Sei que a queria pra mim, sei que a quis ali, sei que a quis depois, sei que a quero agora...

Sei que a quero...

"Ela tem que saber..."

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Perfeitas Imperfeições...

Nunca tivemos acesso a tanto entretenimento: filmes, músicas, series, livros, jogos, festas, drogas e tudo o mais que tenha o poder de nos tirar da realidade e afogar-nos em um mundo incrível, às vezes de fantasia, às vezes de ação, ou ainda de suspense ou terror, mas acima de tudo, afogar-nos num espesso mundo de amor.

Sonhamos com aquele amor perfeito da música ou com aquele relacionamento bem estruturado dos filmes onde a mocinha é sempre linda, gostosa, meiga, forte, decidida, bem sucedida, fogosa e todas as outras qualidades, e o mesmo pra o mocinho que é sempre alto, bonito, bem sucedido, gostoso, cheiroso, bom cozinheiro, artista, atleta e todas essas outras qualidades. Enfim, um casal e um amor perfeito...

De tanto assistir, buscamos isto, um parceiro perfeito, alguém sem barriga ou alguém que busque a cerveja durante os jogos do flamengo...

Mas esperamos tanto por um perfeito que deixamos os imperfeitos escaparem, às vezes porque ela liga demais ou tem ciúmes das colegas de trabalho e das primas, às vezes porque ele é grosso ou meio lerdo, ou ainda porque ele nunca tem dinheiro pra pagar as contas do mês, por uma calcinha molhada no banheiro ou porque ele nunca se lembra de baixar a tampa do vaso...

Deixamos esses relacionamentos imperfeitos passarem na esperança de um dia de sol...

Morreremos na sombra.

Esperamos pelo perfeito sem notar que ele já chegou, sem notar que pra ser perfeito tem de ter todas essas imperfeiçoes irritantes e deliciosas, tem de ter aquele pé que te empurra durante o sono e aquele mau hálito insuportável pela manhã...

“Não estamos aqui pra buscar alguém perfeito, só pra encontrar alguém que aceite as nossas imperfeições.”

E essas hão de ser muitas e gritantes, perfeitas.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Enfim, Poesia.

Lembro de uma vez, eu cheguei a mencionar que fazia poesia com sorrisos e lágrimas, era mentira...

"Tenho mentido muito nos últimos meses."

enfim, um céu azul nunca da uma boa poesia, não pra mim,

Prefiro a tempestade, prefiro a tormenta, é com ondas altas que se faz rimas, metáforas, e eu me orgulho de fazer algumas bem difíceis de compreender, talvez você entenda, talvez não.

Talvez você os pegue sem a usual máscara de sorriso que eu sempre os faço usar.

...

O Dia


É preciso de um dueto pro sol raiar
Preciso de um dueto pra manhã clarear
Pra noite afastar,
Preciso de um dueto pra fazer esquentar
Pra ver o sol levantar
Só preciso de um dueto pra ver começar,

Mas antes que eu note, noite será.
E um novo dia virá,
Como o outro, esse também cessará
Voltarei eu, então, a beber e fumar
Com as lembranças do dia
Que meu próximo sol há de levar

Na esperança de um dia,
Eu pare de tornar cada dia,
Poesia! Pra variar

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Vícios...

Com o calor me consumindo de fora pra dentro, olhando a fumaça que leva meus devaneios mais íntimos, tão íntimos, que eu mesmo me perco tentando trazê-los e então trancá-los no meu pequeno baú...

Relaxa...

Algo no movimento harmônico, inspirado pelo toque, regido pelas letras, movido por palavras...

Algo no entra e sai de substâncias que me destroem e me mantém vivo...

Algo nisso me faz esquecer...

Só por aquele momento em que meu peito arde de calor e a cabeça descansa, meio lenta, meio rápida, meio meio, meio tudo...

Só por aquele momento...

Só por isso...

Vivo por isso.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Era uma vez… [Bônus]

 

 

                                                                                                ...Ela respondeu dizendo...

‘-Esse medo ainda vai me matar. ’

O medo não a deixara dizer o que sentia, mas no fundo ela sabia que o amava.

Nosso garoto decepcionou-se um pouco por não ter ouvido a resposta que tanto esperava, mas a moça sabia, sabia que haveria o momento certo para dizer-lhe o que sentia, ela não agüentaria guardar para si um sentimento tão belo, tão puro, tão intenso.

Ela estava apaixonada e o queria sempre por perto como nunca ninguém o teve, sentia que não tinha mais forças para esconder de nosso garoto aquilo que guardava dentro do peito, era forte, sua respiração a fazia sentir algo assustador, algo que talvez seu coração não pudesse mais guardar, controlar, ela só sabia que de uma forma ou de outra teria de acabar com esse medo e dizer ao nosso garoto o quanto ela delirava ao vê-lo, ao beijá-lo, ao tê-lo ao seu lado, parecia tão mágico, tão verdadeiro, o tempo não passava, corria, ela já sabia que mesmo estando perto ou longe o seu coração já estava ocupado, que todas as suas alegrias dependiam de um sorriso dele, de um simples toque ou até mesmo de uma visita inesperada.

Por fim, ela disse a ele que o amava, disse com todas as letras, disse por que sentia, e sabia que seu medo não era nada comparado aquele sentimento, ela conseguiu provar para si mesma a importância e o valor que essas coisas bonitas que só se sente uma vez era especial, única e principalmente valioso para unir intensamente duas pessoas.

Dentro de tudo que ocorreu, os dois finalmente se acertaram, descobriram várias coisas juntos e esperavam mais, buscavam mais, riam mais, estavam felizes. Nada mais existia somente uma historia inacabável de amor, sim, era amor.

Com o tempo o amor foi passando, até que os beijos não puderam mais afastar as dificuldades, até que os problemas superarm a vontade de ficar juntos.

Os dois brigaram e se separam, talvez com a esperânça de um dia voltarem a ficar juntos, talvez com a certeza de que não daria mais certo.

Seguiram em frente, acharam novos amores e novos beijos, mas nunca esqueceram da sensação daquele beijo.

levavam no peito, a certeza de que aquele amor, foi eterno, pelo tempo que durou.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Era uma vez… [Final]

 

                                                                               …Ele a segurou pela mão,

                                                                                                    e a beijou…


Eles se beijaram, naquele momento, para ambos, não foi como se o tempo para-se, não foi como se o tempo engasga-se, foi como se o tempo, literalmente, nem existi-se…

Aliás, nada mais existia, para ele só existia ela e para ela, só havia ele…

Não haviam complicações, problemas ou obstáculos, naquele monento, não havia absolutamente nada, só havia um casal envolto na imensidão de um pequeno beijo…

Durante aquele momento, que pode ter durado dois segundo ou dois anos, não houve passado, não houve futuro e o presente parecia algo muito distânte no horizonte, para os dois, não houveram táticas ou cantadas sem sentido, não houveram brincadeiras ou provocações, naquele beijo existiu apenas sentimento, puro e simples… Nada muito complexo, foi apenas intenso.

                               enfim, ele segurou seu rosto com as mãos, a olhou nos olhos, e disse:

                                                                                                              -     Eu te amo.

E ela respondeu dizendo.

Fim

sábado, 7 de janeiro de 2012

- Era uma vez... Parte 3

- Ela respondeu dizendo...

Ora, todo mundo sabe que ela aceitou o convite, naquela época era muita descortesia recusar qualquer convite, e nossa moça era gentil, ela nunca o negaria essa cortesia, aliás, nossa moça era aquele tipo de pessoa incapaz de ser rude com alguém, ela era doce, meiga e gentil de um modo tão absurdo que é difícil de descrever...

“Na verdade, era impossível descrever essa moça, por isso, não tentarei, mas para nosso garoto, ela era como a existência mais bela num mundo feito de beleza’’...

Ela se atrasaria? Pensava nosso rapaz, ansioso, enquanto esperava, até que...
Era a campainha, era ela, tinha que ser, ele chegou ao alto das escadas a tempo de vê-la entrando...

O tempo engasgou, podia vê-la novamente..

Não trazia jóias, não estava arrumada, não vestia nada de tão elegante, não trazia os cabelos arrumados demais, estavam soltos..

‘’ Ela estava natural somente, naturalmente linda. ’’

Antes que percebesse, nosso garoto descera as escadas de seu palácio e se pusera de frente com sua convidada, estavam muito mais próximos do que a etiqueta permitia..

‘’ Podia sentir sua respiração, a olhou, seus seios, apertados no espartilho, se moviam com sua respiração, estava forte, o movimento despertava em nosso garoto algo novo, era desejo, mas desejo de um jeito que ele nunca sentira antes, ele levantou seus olhos, ela estava vermelha, espantada’’...

- Ela tentou se afastar...

Ele a segurou pela mão e a beijou...

[Continua...]