quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Era uma vez...

Era uma vez, da ultima vez eu consegui pensar em um jeito tão legal de começar...

Não sei se vai dar dessa vez...

Começar com era uma vez é tão fácil, simples...

E eu não tenho mais criatividade pra começar de outro jeito mais legal, talvez você pare de ler aqui por estar achando toda essa enrolação muito boba...

Mas talvez...

Era uma vez, um garoto, como todos meus garotos de era uma vez importantes, esse também não tinha muitas qualidades ou muitos defeitos, era só um garoto, nem alto, nem baixo, nem bonito, nem feio... Era só um garoto, nem preciso dizer o nome dele, hoje, ele vai ser só garoto...
Nosso garoto gostava de ler, gastava a maioria de suas horas livres viajando com páginas e mais páginas de impressos, não havia internet no seu tempo, ele ainda podia sentir o cheiro do mofo que havia nas páginas dos velhos livros de seu pai, era um cheiro embrulhante, mas ele gostava, porque sempre o fazia pensar por quantas mãos aqueles mesmo livros passaram, quantas mentes haviam viajado com aquelas mesmas personagens, enfim, nosso garoto era um leitor...

Lendo ele cresceu, e logo que alcançou a aurora da juventude, quis pra si o que aqueles personagens tinham, uma grande aventura, um grande amor, não sabia a razão, mas ele queria algo grande pra si...

Nosso garoto continuou lendo, leu até alcançar a maturidade, sua barba já não tinha falhas e no canto de seus olhos, as rugas começavam a aparecer... Nosso garoto se tornou um homem amargurado, amargurado consigo mesmo por não ter vivido a grande história que ele acreditava existir em seu destino...

Num dia desses nada especiais, ele lendo em sua varanda... teve vontade de pular, não aguentava mais o tédio de sua vida, ele era bastante rico, de modo que nem mesmo o trabalho o tirava do ócio, ganhar ou perder dinheiro com os negócios que seu pai o deixara não fazia diferença...

Sua vida era morta, e ele, são, decidiu por vontade própria abandonar a vida e se entregar ao ultimo abraço...

Subiu na proteção da varanda, se pôs o mais ereto que pôde, então percebeu a falha no seu plano, a varanda mal tinha quatro metros de altura, ele de certo não morreria da queda, quebraria talvez uma perna e agonizaria até que alguém o socorre-se, decidiu então vol...

- EIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII, SOCORROO – foi o grito desesperado de alguém na rua q o viu em pé se equilibrando a pouco mais de quatro metros de altura.

Nosso garoto, agora homem, se desiquilibrou e caiu.

Continua.

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