Eu nunca tive um lugar certo, correndo de um lado pro outro,
conhecendo lugares diferentes, pessoas diferentes, e ainda assim, não posso
dizer que achei um lugar pra chamar de lar, existem alguns mais especiais que outros, terra natal, lugares que me confortam, sim, desse tipo realmente
achei vários, tantos que não posso lembrar de todos...
E mesmo afirmando
isso, sei que tinha uma pergunta pra responder antes de falar algo assim.
O que é lar?
Uma casa? Família? Amor? Amigos?
Não tenho a resposta pra isso. Deveria ter.
Se tivesse de adivinhar, apostaria num banco de praça,
debaixo de uma arvore que provesse sombra em um local ventilado.
Eu gosto de lugares assim, são em lugares como esse que
praticava meus assaltos, não eram bem assaltos, eu meio que tomava emprestado.
Observando as pessoas que passam, tentando entender os
sorrisos, olhares, trejeitos.
Roubar por um momento aquele sorriso, tentar entender seu
motivo, sua razão...
Observar um casal de
namorados e roubar aquela paixão, aquele calor...
Sentir aqueles
abraços de despedida e continuar esperando... Esperando por mais sentimentos
dos quais eu possa tomar proveito...
Esperando sentimentos que me intriguem, que me tomem, que me
fascinem.
Esperando...
Talvez tudo não passe de inveja ou a minha falta de
capacidade de sentir o mesmo...
Mas lá, por todos aqueles bancos em que estive observando,
decifrando, ou até invejando, vendo o tempo passar e levar pessoas que eu nunca
mais veria e que mesmo assim me fizeram um bem inimaginável. Naqueles bancos eu
me sentia bem, seguro...
Era o lugar pra mim, sentia que era ali que eu deveria
estar. Era o meu lugar. Meu lar.
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